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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Cap.20 - Hora de festejar

Isso o povo nordestino sabe fazer muito bem.
Antes mesmo de nossa chegada, já era possível ouvir os fogos de artifício ecoando pelos ares. Ao pisar em terra firme, um breve diálogo com o Prefeito Israel e sua esposa, que foram de uma gentileza inenarrável. Além da conversa agradável, eles nos premiaram com uma linda estátua feita em barro pelo povo local e um pacote de informações sobre a cidade de Penedo que é talvez a mais desenvolvida do estado após a capital, Maceió.
Ao seu lado, o Capitão Alexandre, maior autoridade da Capitania dos Portos de Maceió, que nos apoiou incondicionalmente em nosso projeto - a infraestrutura da Marinha que nos acompanhou foi autorizada por ele - também nos recebeu com sua enorme simpatia, um forte aperto de mão e um grande sorriso no rosto. Gentilmente ele nos ofereceu uma camisa polo dry-fit na cor azul clara com a insígnia da Marinha simplesmente chiquérrima que eu uso com muito gosto e ótimas recordações!
E a alegria não parava, agitada pelo ritmo dos grupos locais, repletos de gente bonita.


Havia uma grande faixa com os dizeres: "Sejam bem-vindos" - e aquilo tudo era para nós! Estávamos muito felizes por ter chegado e pela valorização dada ao nosso projeto.
E a festa continuava firme e forte. Pensando bem, se nós nadamos mais de trinta horas para chegar ali, não custava nada eles dançarem uma horinha, não?


Até mesmo a música tema da vitória do Ayrton Sena foi entoada:


No calor da recepção, aproveitamos para dar algumas entrevistas para a imprensa local e, ao final de tudo, tiramos uma foto com nossos companheiros de TV, que cobriram nossa largada de Piranhas e nossa chegada em Penedo.


Nós não esperávamos tudo aquilo. A repercussão em toda a região foi muito grande. Afinal, aquele bando de cinco destemidos nadadores estava ali para defender a mesma causa pela qual a população ribeirinha também lutava: a conservação do Rio São Francisco.

Hora de descansar. Hora de tomar um bom banho, o suficiente para retirar a vaselina das articulações e rumar para um almoço gentilmente oferecido pela cidade de Penedo.


Através daquela simplória janela, uma vista deslumbrante para o rio, que era de tirar o fôlego. Coisa que não estamos acostumados em nosso dia-a-dia e que valem a viagem à região. Só faltou a Canoa de Tolda singrando aquelas águas...


Ao final, as despedidas de nossos anfitriões e a separação do grupo. Em poucos minutos eu já me dirigia, na companhia de meu irmão Pérsio, em direção de sua residência, em Aracaju. Deixei para trás uma região que me acolheu com extrema generosidade. Deixei um grupo que teve seus percalços, mas soube levar os objetivos de nosso projeto à frente. Levei comigo a alma profunda e indelevelmente tocada por impressões amplamente positivas.
Missão cumprida - e comprida também!
Em nome do grupo, agradeço a todos os que nos acompanharam e nos apoiaram nessa jornada - local ou remotamente. Até uma próxima ocasião, se Deus assim o permitir.

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